terça-feira, agosto 10, 2010


Antídoto

Deitado num quarto claro
Pintado todo de branco
Riscando notas na paredes
Brincando com bolinhas verdes.

A insanidade ja tomo conta
Já tenho minhas malas prontas
Mas não quero parti daqui
Aqui eu posso me divertir.

Eu pulo, grito, rolo
Deito, sento e choro
Desde quando sou assim?
Desde quando eu nasci!

Canto bem alto, toco no ar
Sem ninguém pra reclamar
Se a minha voz te incomoda
Pra mim isso pouco importa.

Muitos me olham estranho
Outros dizem que sou louco
Mas olha só pro meu tamanho
Me respeitem só um pouco.

Eu não peço nada de mais
Não a nada que me satisfaz
Mais do que meu violão
O resto é tudo em vão.

E quando o veneno da solidão
Vem e invade meu coração
Ela é minha amiga, meu abrigo
A música é o meu antídoto.